Um delegado, três inspetores, um guarda municipal e um advogado são detidos acusados de extorsão em Conceição de Macabu

Delegado Roldenyr Alvez Cravo seria o chefe da quadrilha. Foto: Reprodução
Um delegado, três policiais civis, um guarda municipal e um advogado foram detidos no início da manhã desta quinta-feira (29) nos municípios de Conceição de Macabu, Macaé, Três Rios, Valença e Resende. A Operação Macabu foi realizada em conjunto entre agentes da Corregedoria da Polícia Civil com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e tinha como objetivo cumprir seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão.

O grupo é acusado de extorsões mediante sequestro, formação de quadrilha armada, roubo, extorsões e usurpação de função pública na forma qualificada, chegando a faturar R$ 284 mil com as ações. O chefe da organização criminosa seria Roldenyr Alvez Cravo, delegado titular da 122ª DP de Conceição de Macabu durante o período em que ficou à frente da delegacia da cidade.

Segundo o GAECO, a quadrilha começou a ser formada quando Cravo assumiu a 122ª DP, em julho de 2011, trazendo com ele uma equipe de confiança formada pelos inspetores Dennes Garcia Moreno Junior, Marcos Vinícius Lopes e Claudio José de Faria, também denunciados.

Ainda de acordo com a denúncia do GAECO a quadrilha simulava a existência de crimes ou se aproveitavam de pequenas irregularidades de comerciantes para os levarem até a delegacia a praticar a extorção utilizando violência e gravíssimas ameaças.  O advogado preso agia como interlocutor para pressionar as vítimas e seus familiares a pagarem as quantias estipuladas e o Guarda Municipal identificava algumas dessas supostas irregularidades.

No ano passado um comerciante foi vítima da quadrilha em duas oportunidades. Na primeira, no mês de agosto, através do Guarda Municipal, foi interceptado sob a denúncia de que sua oficina mecânica funcionava como um desmanche de carros.

“Na ocasião, o denunciado José Eduardo Santos, dirigindo uma viatura oficial da 122ª DP, compareceu à oficina da vítima, onde afirmou que aquele local era utilizado para desmanche de veículos roubados. Obrigada a comparecer à referida delegacia munida de toda a documentação que comprovasse a regularidade do seu estabelecimento comercial, a vítima foi colocada em uma sala no fim do corredor, onde permaneceu com a liberdade restringida. A vítima somente depois de se comprometer a pagar R$ 1.500 foi libertada”, diz um trecho da denúncia.

Em outubro, o mesmo comerciante foi vítima dos criminosos, quando o grupo exigiu R$ 12 mil em dinheiro para que seu depósito de areia não fosse fechado, além da transferência, por meio de contrato, de todo o maquinário empenhado da atividade empresarial, como preço para garantir que o depósito não fosse interditado.

As investigações começaram a partir de relatório enviado pelo promotor de Justiça titular de Conceição de Macabu, Ricardo Zouein, ao procurador-geral de Justiça do estado do Rio, Cláudio Lopes, que acionou a Secretaria de Segurança Pública e o Gaeco.
 
 
Com informações de Jornal do Brasil, O Dia e G1

Posted by Aldir Junior de Sales Gomes on 3/29/2012 04:34:00 PM. Filed under , , , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0
 

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